O ambiente corporativo moderno cada vez mais opera em formato distribuído: colaboradores trabalham de diferentes cidades e países, prestadores atuam remotamente, e serviços e bancos de dados vivem na nuvem. Isso é conveniente — a empresa pode crescer sem estar rigidamente presa a um escritório físico ou infraestrutura local. Mas, junto com isso, surge uma nova questão: como garantir acesso seguro e controlado aos sistemas internos?
O VPN na nuvem resolve esse problema. Ele cria um canal de comunicação protegido, através do qual colaboradores e serviços se conectam aos recursos corporativos como se estivessem dentro da mesma rede local — mesmo que fisicamente estejam em qualquer lugar.
Ao mesmo tempo, um VPN em nuvem é diferente de um VPN em “hardware”: é possível implantá-lo em poucos minutos, sem comprar equipamentos caros, sem lidar com atualizações de firmware ou configuração manual de roteamento. A escalabilidade, as atualizações e a gestão de acesso acontecem por meio de um painel intuitivo — isso reduz custos e diminui a carga sobre a equipe de TI.
E se antes o VPN era associado principalmente ao “acesso remoto ao servidor do escritório”, hoje ele é uma ferramenta completa para:
- Organizar trabalho remoto seguro;
- Gerenciar acessos à infraestrutura em nuvem;
- Proteger dados e comunicações em sistemas distribuídos;
- Unificar filiais e parceiros em uma rede única.
O que é VPN e como funciona
VPN (Virtual Private Network) é uma tecnologia que cria um canal criptografado entre o dispositivo do usuário e o servidor ou rede corporativa. Em outras palavras, é como um “túnel” onde os dados são transmitidos sem risco de interceptação ou alteração.
Quando um colaborador se conecta ao VPN:
- Todo o tráfego é criptografado;
- Ele é encaminhado para o servidor VPN;
- Para o mundo externo, parece que esse colaborador está “dentro” da rede da empresa;
- Os serviços (CRM, ERP, banco de dados, servidores em nuvem) o reconhecem como um usuário interno.
Isso garante vários benefícios simultâneos:
- Segurança: os dados não podem ser interceptados em redes públicas ou domésticas.
- Controle: o acesso pode ser revogado em segundos.
- Privacidade: o endereço IP real do usuário permanece oculto.
O VPN em nuvem faz tudo isso sem necessidade de hardware físico, o que é ideal para empresas com equipes distribuídas e infraestrutura hospedada na nuvem.
Para que o VPN é necessário nos negócios
VPN não é apenas “acesso remoto”. No contexto corporativo, ele resolve tarefas bem específicas.
1. Trabalho remoto seguro. Os funcionários se conectam aos serviços da empresa como se estivessem no escritório, independentemente de onde estejam fisicamente.
2. Proteção de dados durante a transmissão. Sem criptografia, os dados podem ser interceptados em qualquer ponto da rede — especialmente em Wi-Fi públicos. O VPN criptografa todo o tráfego → reduz o risco de vazamento de informações confidenciais.
3. Unificação de filiais, escritórios e prestadores em uma única rede. O VPN conecta pontos geograficamente distantes em uma única rede virtual local, mesmo se os escritórios estiverem em diferentes cidades ou países.
4. Acesso a servidores privados e APIs corporativos. Muitos sistemas empresariais não devem estar acessíveis pela internet aberta. O VPN permite:
- Manter servidores sem IP público;
- Expor serviços apenas para clientes autorizados;
- Controlar o acesso em nível de usuário/
5. Conformidade com a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados). O VPN ajuda a cumprir dois requisitos essenciais da LGPD:
- Controle de acesso aos dados;
- Criptografia de tráfego e canais de transmissão.
Tipos de VPN e suas características
1. IPsec VPN — a base clássica das redes corporativas
IPsec (IP Security) é um conjunto de protocolos que protege todo o tráfego entre dispositivos. Esse tipo de VPN opera no nível da rede, criando um “túnel” entre dois pontos — por exemplo, entre um escritório e uma nuvem.
Todos os aplicativos funcionam como se estivessem na mesma rede local, mesmo separados por milhares de quilômetros.
É o padrão de segurança corporativa: bancos, grupos industriais e órgãos governamentais usam IPsec para conectar filiais.
Quando usar: para unir redes de escritórios, data centers ou nuvens.
Vantagens:
- Criptografia muito forte e confiável;
- Ideal para redes com conexões permanentes (ERP, CRM).
Desvantagens:
- Configuração mais complexa, especialmente com múltiplas sub-redes;
- Conflitos de roteamento podem surgir se mal configurado.
2. OpenVPN — flexível e universal, ideal para usuários
OpenVPN funciona com base em TLS (o mesmo nível de segurança do HTTPS). Ao contrário do IPsec, pode ser executado facilmente em servidores comuns e não requer roteadores específicos.
Sua principal força é a compatibilidade: Ideal para fornecer acesso seguro a colaboradores, prestadores e administradores.
Quando usar: quando funcionários trabalham remotamente e precisam acessar sistemas internos.
Vantagens:
- Funciona em Windows, Linux, Mac, iOS e Android;
- Pode se “disfarçar” como tráfego HTTPS e funcionar mesmo atrás de firewalls rígidos;
- Fácil de administrar.
Desvantagens:
- Sob alta carga, pode ser mais lento do que WireGuard;
- Gerenciamento de certificados requer atenção.
3. WireGuard — o novo padrão rápido para nuvens e DevOps
WireGuard é um protocolo moderno, com criptografia atual e código extremamente compacto (10 vezes menor que o OpenVPN). Por isso, ele é mais rápido, mais simples e potencialmente mais seguro. Ideal para infraestrutura em nuvem, Kubernetes e ambientes dinâmicos.
Quando usar: quando desempenho e automação são importantes.
Vantagens:
- Velocidade muito alta;
- Latência mínima;
- Configuração simples.
Desvantagens:
- Exige disciplina no gerenciamento de chaves;
- Pode precisar de ajustes adicionais em redes corporativas.
4. SSL-VPN — acesso via navegador para serviços corporativos
SSL-VPN atua no nível da aplicação. Em vez de criar uma rede privada completa, ele concede acesso seguro apenas a serviços específicos — como CRM, painel administrativo, webmail.
O usuário simplesmente abre um link, faz login e trabalha.
Quando usar: para dar acesso a parceiros ou equipes externas sem abrir toda a infraestrutura.
Vantagens:
- Não requer instalação de cliente;
- Excelente para call centers e equipes de suporte;
- Restringe acesso apenas ao necessário.
Desvantagens:
- Funciona apenas com aplicações web;
- Não substitui VPN de rede completa.
| Tipo de VPN | Como funciona | Onde é utilizado | Vantagens | Limitações |
|---|---|---|---|---|
| IPsec VPN | Cria um túnel seguro entre redes completas | Redes corporativas, ERP/CRM, sistemas bancários | Alta segurança, estável em conexões contínuas, suporte nativo em roteadores | Configuração mais complexa, possível conflito de sub-redes |
| OpenVPN | Criptografa a conexão usando TLS; ideal para acesso remoto | Conexões de funcionários, prestadores e administradores | Flexível, multiplataforma, pode se disfarçar como tráfego HTTPS | Pode ser mais lento do que WireGuard sob carga elevada |
| WireGuard | Protocolo moderno com criptografia atual e código leve | Nuvem, DevOps, Kubernetes, microsserviços | Alta velocidade, baixa latência, configuração simples | Requer disciplina no gerenciamento de chaves |
| SSL-VPN | Fornece acesso seguro via navegador apenas aos serviços necessários | CRM, sistemas de tickets, painéis administrativos, call centers | Não requer instalação, restringe acesso ao essencial | Limitado a aplicações web; não substitui VPN de rede completa |
VPN na nuvem: como a Serverspace simplifica a proteção da infraestrutura
Na Serverspace, o VPN é implantado diretamente no painel de controle — sem necessidade de comprar equipamentos, configurar roteadores complexos ou montar infraestrutura física.
Isso é especialmente importante para equipes distribuídas, funcionários remotos, prestadores, filiais e serviços em nuvem.
O que a Serverspace oferece:
- Servidores VPN prontos — implantação em poucos minutos;
- Suporte StrongSwan (IPsec/IKEv2) — ideal para conectar escritórios, redes privadas e segmentos corporativos protegidos;
- Suporte SoftEther — excelente para trabalho remoto, multiplataforma, eficiente mesmo em redes instáveis ou atrás de NAT;
- Redes privadas flexíveis — criar redes internas, conectar servidores e gerenciar rotas no painel;
- Criptografia de ponta a ponta — proteção de dados na transmissão, atendendo às exigências da LGPD.
De forma resumida, o VPN na nuvem ajuda a:
- Proteger dados;
- Controlar acessos;
- Unir equipes distribuídas;
- Reduzir dependência de infraestrutura física;
- Manter conformidade legal e segurança operacional.
Escolher um VPN não é apenas escolher um protocolo — é definir a abordagem de segurança da empresa. VPN na nuvem oferece escalabilidade, controle e velocidade de implantação, mantendo altos padrões de proteção e conformidade com a LGPD.
Isso permite ao negócio crescer sem comprometer a segurança — e sem depender de hardware ou manutenção complexa.
FAQ
- O VPN exige um especialista dedicado para manutenção?
Usando VPN em nuvem — não necessariamente. Painel, configuração automática e perfis prontos simplificam a operação. Cenários avançados (segmentação, acesso por função, várias redes) podem ser configurados com ajuda de engenheiros do provedor. - O VPN reduz a velocidade da conexão?
Toda criptografia adiciona pequena sobrecarga, mas com protocolos modernos (WireGuard, IKEv2) e servidor próximo, o impacto é mínimo. - Como escalar o VPN conforme a equipe cresce?
No VPN em nuvem, a ampliação é automática: adicionam-se novos perfis e recursos conforme necessário, sem reconfigurar a rede ou comprar hardware. - Por que VPN em nuvem pode ser melhor que VPN baseado em hardware?
VPN físico exige compra, instalação e suporte de equipamentos. VPN em nuvem é implantado em minutos, escala sob demanda e reduz custos de operação.