As aplicações web se tornaram o centro dos negócios modernos. É por meio delas que passam pedidos, pagamentos, cadastros de usuários, armazenamento de dados e até comunicações internas. Quanto mais valioso o serviço, mais ele se torna alvo de ataques.
Os ataques DDoS já não são a principal ameaça aos sites. Hoje, métodos como SQL injections, XSS, ataques a APIs e força bruta são muito mais comuns. Essas técnicas permitem obter acesso a dados ou quebrar a lógica da aplicação de forma silenciosa, e sua escala é garantida pela automação — bots escaneiam milhares de sites em minutos e encontram vulnerabilidades.
O que é WAF
O WAF (Web Application Firewall) é um filtro que fica entre o usuário e a aplicação. Ele analisa o tráfego HTTP(S) e decide: permitir ou bloquear a requisição.
Diferente de um firewall de rede, que lida apenas com portas e endereços, o WAF “entende” a estrutura das requisições web. Por exemplo:
- No campo de busca, em vez de texto, é inserido código SQL.
- No formulário de login, chegam centenas de tentativas de senha por segundo.
Em ambos os casos, o WAF intercepta e bloqueia antes mesmo que chegue ao banco ou à aplicação.
Quais ataques o WAF bloqueia
O WAF protege contra as ameaças mais comuns exploradas por hackers:
- SQL injections — tentativas de inserir código malicioso em consultas ao banco de dados.
- XSS (cross-site scripting) — scripts que roubam dados dos usuários ou alteram o conteúdo exibido.
- Brute force e sequestro de sessão — tentativas de adivinhar senhas ou capturar tokens de usuário.
- Ataques a APIs — sobrecarga ou exploração de falhas nos pontos de integração.
- DDoS em nível de aplicação — milhares de requisições mirando a lógica do site.
- Exploração de CMS/frameworks — uso de falhas conhecidas em sistemas e bibliotecas populares.
Assim, o WAF bloqueia a maioria das tentativas de invasão antes que atinjam o servidor.
Como funciona o WAF
A proteção é formada por camadas:
- Análise por assinatura — identifica padrões de ataques já conhecidos.
- Análise comportamental — detecta atividades atípicas, como múltiplas tentativas de login por segundo.
- Machine learning — aprende o perfil do tráfego e reduz falsos positivos.
- Inspeção em tempo real — bloqueia requisições maliciosas antes de chegarem ao servidor.
Com e sem WAF: comparação
Situação | Sem WAF | Com WAF |
---|---|---|
SQL injection | Código malicioso atinge o banco de dados | Requisição bloqueada imediatamente |
XSS | Script rouba cookies do usuário | Código suspeito filtrado |
Força bruta | Senhas testadas sem limite | IP bloqueado na atividade suspeita |
Ataques a API | Serviço sobrecarregado | Requisições anômalas barradas |
DDoS em aplicação | Site cai, perdas financeiras | Tráfego malicioso filtrado |
Vulnerabilidades CMS/API | Exploit funciona antes de patch | Ataques comuns bloqueados antecipadamente |
Estatísticas no Brasil
E o cenário brasileiro? Os números mostram a urgência da proteção:
- Segundo a Fortinet Brasil, o país sofreu mais de 100 bilhões de tentativas de ciberataques em 2023, grande parte mirando aplicações web.
- Um relatório da Kaspersky aponta que 37% das empresas brasileiras enfrentaram ataques de SQL injection ou XSS no último ano.
- O Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) registrou que os ataques a APIs crescem ano a ano, acompanhando o aumento do uso de integrações no e-commerce e fintechs.
Esses dados deixam claro: WAF não é luxo, é necessidade diária.
Por que isso é importante agora
Muitas empresas brasileiras ainda dependem de soluções internacionais como Cloudflare, mas custos em dólar, instabilidade de integração local e dependência de infraestrutura externa criam riscos e barreiras.
Hoje, o padrão é a combinação:
- CDN acelera a entrega de conteúdo e reduz a carga do servidor.
- WAF filtra ameaças e protege aplicações.
O WAF + CDN da Serverspace entrega essa proteção com infraestrutura local, faturamento transparente e suporte em português — acessível e confiável para empresas brasileiras.
Erros comuns ao adotar WAF
- Usar apenas as configurações padrão, sem adaptar ao projeto.
- Achar que WAF resolve tudo (ele não substitui updates de CMS nem segurança de banco).
- Ignorar os logs — eles mostram quais ataques estão acontecendo.
- Não atualizar regras — proteção desatualizada = proteção fraca.
- Ativar direto em modo bloqueio — o ideal é começar em modo de monitoramento.
O que o negócio ganha com WAF
- Redução de riscos de vazamentos e indisponibilidade.
- Conformidade com normas como PCI DSS.
- Economia de tempo da equipe técnica.
- Integração fácil com CDN ou uso independente.
O WAF é um elemento essencial da segurança de aplicações web. Ele cobre os vetores de ataque mais comuns, ajuda a atender requisitos regulatórios e mantém a confiança do usuário.
Em conjunto com a CDN, garante sites rápidos, estáveis e protegidos — o que é crítico para o mercado brasileiro.
Na Serverspace, você pode ativar WAF e CDN em poucos minutos pelo painel de controle.