29.04.2025

O que é estresse no Docker e por que preciso dele?

Ao desenvolver, testar e operar aplicações containerizadas, é crucial não apenas garantir que o código funcione corretamente, mas também entender como ele se comporta sob pressão. Uma das ferramentas que permite criar carga artificial diretamente dentro de um contêiner Docker é o utilitário stress.
Neste artigo, explicamos o que é o stress, como utilizá-lo em contêineres e por que ele pode ser valioso para desenvolvedores e engenheiros DevOps.

O que é o stress?

stress é uma ferramenta de linha de comando simples, projetada para gerar carga em recursos do sistema, como CPU, memória (RAM) e operações de I/O. Ela simula condições extremas e permite observar como sua aplicação, contêiner ou até mesmo o sistema inteiro reage à escassez de recursos.

Por que usar stress no Docker?

Veja alguns cenários típicos em que o stress dentro de um contêiner Docker pode ser útil:

Como usar stress no Docker

Há várias maneiras de usar o stress dentro de contêineres. Uma das mais simples é executá-lo em um contêiner separado.

Exemplo com imagem oficial:

docker run --rm progrium/stress --cpu 2 --io 1 --vm 1 --vm-bytes 128M --timeout 30s

Explicação dos parâmetros:

Adicionando o stress no seu Dockerfile

Se quiser testar como sua aplicação se comporta sob carga:

FROM debian:bullseye

RUN apt-get update && apt-get install -y stress

COPY . /app
WORKDIR /app

CMD ["sh", "-c", "stress --cpu 1 & ./your_app"]

Alternativa: stress-ng

Para cargas mais avançadas e configuráveis, use o stress-ng — uma versão moderna com suporte a mais parâmetros e testes.

Exemplo:

ocker run --rm ubuntu bash -c "apt update && apt install -y stress-ng && stress-ng --cpu 4 --timeout 30s"

Dicas úteis

Conclusão

O utilitário stress é uma ferramenta simples, mas poderosa e flexível, que pode melhorar significativamente sua capacidade de testar a confiabilidade e resiliência de aplicações em contêineres Docker. Ele permite simular cenários reais de sobrecarga de recursos, como uso intenso de CPU, pressão de memória ou operações intensivas de I/O. Isso ajuda a identificar gargalos, validar sistemas de alerta e garantir que sua aplicação suporte ambientes restritos.

Além disso, o stress pode desempenhar um papel importante em testes automatizados, pipelines CI/CD e simulações de falha em condições próximas às de produção. Ele é especialmente valioso em infraestruturas nativas da nuvem e distribuídas, onde o desempenho e a previsibilidade sob carga são essenciais para a experiência do usuário e os resultados do negócio.

Ao adicionar o stress ao seu conjunto de ferramentas, você dá mais um passo em direção à construção de uma infraestrutura robusta, tolerante a falhas e bem testada, capaz de lidar com demandas reais e se recuperar rapidamente de falhas.